Equipe do Instituto Argonauta desemalha Jubarte presa em apetrechos de pesca; animal segue sendo monitorado

Um resgate de uma baleia mobilizou equipes, moradores e a Marinha de Ilhabela na manhã da última segunda-feira (16). A delicada operação libertou parcialmente uma baleia‑jubarte (Megaptera novaeangliae) que estava presa em apetrechos de pesca, a poucas milhas da costa do arquipélago. Liderada pelo Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha, a ação contou com apoio de institutos e de uma empresa de turismo, que emitiu o primeiro alerta sobre o animal enredado.
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A equipe de resposta, formada por profissionais treinados em desemalhe de grandes cetáceos, executou manobras seguindo protocolos internacionais de segurança. Mesmo assim, o comportamento cada vez mais reativo da jubarte obrigou os especialistas a interromper o procedimento após remover apenas parte das cordas. “O bem‑estar do animal vem sempre em primeiro lugar”, explicou o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta e diretor do Aquário de Ubatuba. “Seguimos em prontidão para um novo resgate baleia Ilhabela assim que forem reunidas condições favoráveis.”
Os responsáveis pela operação reforçam que qualquer pessoa que avistar mamíferos marinhos presos deve acionar imediatamente as autoridades ambientais ou a própria instituição, sem tentar intervenções por conta própria. “Intervenções não autorizadas podem agravar ferimentos na baleia e colocar vidas humanas em perigo”, alertou Gallo Neto.
Enquanto prossegue o monitoramento, o caso reacende a discussão sobre redução de lixo e artefatos de pesca no mar, além da necessidade de campanhas de educação ambiental. Para o litoral paulista, onde aumentou o número de avistagens de jubartes na rota rumo aos criadouros na Bahia e no Espírito Santo.
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