Ataque ao assentamento Olga Benário mobiliza MST em ato por justiça e reforma agrária

MST faz ato após ataque ao assentamento Olga Benário, em Tremembé, que deixou dois mortos e seis feridos

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou um ato em solidariedade às vítimas do ataque ao Assentamento Olga Benário, em Tremembé, na manhã do último sábado(19). O atentado, ocorrido no último dia 10, deixou dois trabalhadores sem-terra mortos e seis feridos. Pelo menos 20 homens, em cinco carros e motos, invadiram o assentamento e dispararam contra as famílias reunidas.

O ato teve como objetivos prestar apoio às vítimas, defender a reforma agrária popular e exigir justiça e proteção para as comunidades rurais. “Este é um ato por vida e por justiça, mas também por reforma agrária, porque ela é o cerne e a principal questão que precisa ser resolvida em nosso país para que a paz no campo seja uma realidade”, afirmou Renata Menezes, da direção nacional do MST.

Autoridades como o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Cesar Aldrighi, a superintendente do Incra/SP, Sabrina Diniz, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, estiveram presentes na mobilização, reforçando o apoio às famílias do assentamento.

Criado em 2006, o Assentamento Olga Benário abriga cerca de 50 famílias que vivem da agricultura familiar diversificada. A produção agroecológica é um destaque local, com práticas sustentáveis como Sistemas Agroflorestais (SAFs) e adubação verde.

Embora este tenha sido o primeiro atentado registrado no assentamento Olga Benário, o MST denuncia um histórico de violência na região. “Há registros de boletins de ocorrência por ameaças e episódios de violência, como disparos contra um assentado de moto e incêndios de casas no Assentamento Luís Carlos Prestes, em Taubaté”, afirma o movimento.