Arraiá agita São José com bolinho caipira e outras comidas típicas, música boa e diversão para toda a família

Tradicional e aguardado, o Arraiá do Frederico está de volta a cidade prometendo ser o evento mais amado de São José dos Campos. A tradicional festa caipira, famosa por reunir o melhor da cultura popular brasileira, começa no próximo sábado (26) e segue até 25 de maio, sempre aos sábados e domingos, a partir das 18h, na Rua Sebastião Humel, 728, no Centro da cidade.
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Mesmo antes da chegada do frio o público já sente saudade do bolinho caipira mais famoso da região, que é um dos grandes símbolos do Arraiá do Frederico. E para saciar essa vontade a edição de 2025 chega com muitas novidades, sem abrir mão das tradições que fazem dessa festa uma verdadeira celebração em família.
Além das delícias gastronômicas típicas, como quentão, vinho quente, milho verde, doces caseiros e, claro, o tão esperado bolinho caipira, a festa trará um ambiente seguro, familiar e repleto de atrações culturais. Este ano a programação musical está ainda mais diversificada, reunindo talentos locais e regionais em noites de muito ritmo e animação.
Programação musical
26/04 – JUBLACK (Samba Raiz e Pagode)
27/04 – ELIANA RIBEIRO E BANDA (Música Católica)
03/05 – THE SIRS (Rock Clássico anos 80)
04/05 – BANDA DESANJA (Todos os Ritmos)
10/05 – GIOVANA URANO (Sertanejo Universitário) + Show da Turma do Pambolé
11/05 – BANDA JV MUSIC (MPB / Todos os Ritmos)
17/05 – GRUPO TUDO ENTRE AMIGOS (Pagode)
18/05 – DANILO E JOÃO RICARDO (Sertanejo)
24/05 – OS TRAIADOS (Sertanejo)
25/05 – ELTON JOHN TRIBUTE (Com Zégui Muricy)
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Primeira Resposta
História do Bolinho Caipira do Vale do Paraíba – SP
Não se conhece muito sobre a origem da iguaria, não havendo registros históricos ou fotográficos, tendo sido passada a gerações seguintes por meio de tradição oral.
Há diversas teorias sobre onde e quando se originaram.
Uma delas diz que ocorreu antes da colonização portuguesa, entre os índios puris, segundo a qual, eram utilizados peixes como lambari ou pequira, e farinha ou beiju na composição do salgado, até a vinda dos portugueses, que introduziram a carne de porco.
Outra hipótese afirma que o bolinho teria surgido com os tropeiros, durante o século XVII. De acordo com Elza Fortunato Carnevalli, de São José dos Campos, “o quitute nasceu com os tropeiros, há muito tempo, eles percorriam o Vale do Paraíba, a cavalo, margeando o rio”.
Na hora de comer, faziam uma mistura sovada de farinha de milho e água, temperavam e a enrolavam em um peixinho chamado pequira e fritavam”.
Assim, também davam o formato atual do bolinho caipira. Segundo outros relatos, o bolinho teria surgido à época da escravidão no Brasil.
Todavia, também sustenta-se que o bolinho tenha sido criado na cidade de Monteiro Lobato. Segundo esta versão, o bolinho caipira era conhecido anteriormente como “bolinho da Toninha”, por ser uma invenção de uma moradora do município. A iguaria era vendida no mercado tropeiro da cidade e, devido à sua posição dentro do Vale do Paraíba, a receita foi facilmente disseminada para outros municípios da região.
Independente da origem, os primeiros registros de comercialização do salgado datam de 1925 na cidade de Jacareí, onde eram preparados por Nicota Gehrke, vendedora do Mercado Municipal do município. Os petiscos até hoje gozam de grande popularidade, e anualmente é celebrada a Feira do Bolinho Caipira no município. Sendo a receita da quituteira Nicota Gerkhe de 1925 tombada como patrimônio cultural imaterial pela lei municipal nº5.497/2010.
Existem documentos que comprovem a origem? Apesar da tradição, não há documentos que comprovem a origem do bolinho caipira.
Também, conforme conta a cultura popular, o bolinho caipira teria surgido na Igreja Matriz de São José dos Campos entre os anos de 1920 e 1930, para alimentar os fiéis durante a festividade da “Procissão do Senhor Morto”.
“As pessoas ficavam na Igreja em vigília, principalmente na noite da Sexta-feira Santa. E aí elas precisavam se alimentar. Então as voluntárias da Igreja ficavam nas barracas preparando algo para alimentar esses fiéis.
Naquela época, a iguaria era preparada com lambari, um pequeno peixe muito comum no Rio Paraíba do Sul, que banha a região.
“Os católicos não comem carne vermelha durante a Semana Santa. Então as voluntárias preparavam o bolinho com o lambari. Preparavam a massa, limpavam o lambari e recheavam o bolinho, deixando a cabecinha e o rabinho do lado de fora”.
É o que explicou a historiadora que atua no Museu do Folclore de São José dos Campos.