Arraiá da Pamonha agita a cidade com comida típica, quadrilha e bingo solidário; evento será realizado neste final de semana com entrada gratuita

O Arraiá da Pamonha estreia nesta quinta-feira (26) no estacionamento do Shopping Jardim Oriente, em São José dos Campos, prometendo quatro dias de comida típica, música ao vivo e solidariedade, tudo isso com entrada franca. Até domingo (29) a organização espera receber milhares de visitantes que, além de saborear delícias baseadas em milho, poderão apoiar causas sociais por meio de bingo beneficente e campanha de agasalho.
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Sabor e tradição em cada barraquinha
Na ala gastronômica, reina o milho em todas as suas formas. A estrela, claro, é a pamonha: tradicional, Romeu e Julieta, com morango, coco, Nutella, linguiça, queijo ou salgada clássica. Espiga assada, curau, bolo de milho, suco, pudim, creme, broa e até chopp de pamonha completam o cardápio.
O público encontra ainda cuscuz, crepe de milho, churros recheados de brigadeiro de milho e iguarias como polenta, cachorro-quente, buraco quente, fondue, diversos caldos, bolinho gourmet e bolinho caipira. Para quem prefere variar, há burger artesanal, torresmo, galinhada, arroz carreteiro, feijão tropeiro, waffle, além de opções de culinária japonesa e mexicana. Doces caseiros, mineiros e muitos churros fecham a lista de tentações.
Brincadeiras, quadrilha e música ao vivo
Entre uma mordida e outra, o público pode se divertir nas tradicionais brincadeiras juninas: pescaria, correio elegante, cadeia e a fogueira simbólica. A quadrilha “Vai Quem Querer” encerra a festa no domingo, mas a programação musical é intensa desde a abertura:
- Quinta (26) – 17h30: Rodrigues Neto & Giba Reys | 19h: Bingo | 19h30: Banda Luahu (Especial Falamansa)
- Sexta (27) – 19h30: Kanaviá | 20h30: Bingo
- Sábado (28) – 16h: Grupo Tapera de Viola Caipira | 19h: Bingo | 19h30: Rock Roça Styles Band
- Domingo (29) – 12h, 16h, 20h: Bingo | 13h: Caqui Doce (Forró) | 19h: Cabelo de Milho (Show Junino) | 20h30: Quadrilha Vai Quem Querer
Diversão que aquece o coração
O Bingo Solidário, realizado em todos os dias de festa, terá renda revertida ao GACC (Grupo de Assistência à Criança com Câncer) e ao Instituto Proma. Além disso, quem comparecer poderá doar cobertores e agasalhos no ponto de coleta; tudo será destinado ao Asilo Franciscano Santo Antônio. “É um evento para toda a família, com muita gastronomia e entretenimento, mas também com um propósito social”, destaca a organizadora Brenda de Paula.
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2 Respostas
As pamonhas ficaram amargas depois que se começou a amarrar com borracha. Boas eram as amarradas com barbante ou a própria palha do milho.
Senhor, nada valho.
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das
lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso,
nasce e cresce na terra descuidada.
Ponho folhas e haste, e se me ajudardes, Senhor,
mesmo planta de acaso, solitária,
dou espigas e devolvo em muitos grãos
o grão perdido inicial, salvo por milagre,
que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo
e de mim não se faz o pão alvo universal.
O Justo não me consagrou Pão de Vida, nem
lugar me foi dado nos altares.
Sou apenas o alimento forte e substancial dos que
trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre,
alimento de rústicos e animais do jugo.
Quando os deuses da Hélade corriam pelos bosques,
coroados de rosas e de espigas,
quando os hebreus iam em longas caravanas
buscar na terra do Egito o trigo dos faraós,
quando Rute respigava cantando nas searas de Booz
e Jesus abençoava os trigais maduros,
eu era apenas o bró nativo das tabas ameríndias.
Fui o angu pesado e constante do escravo na exaustão
do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante.
Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a
vida em terra estranha.
Alimento de porcos e do triste mu de carga.
O que me planta não levanta comércio, nem avantaja
dinheiro.
Sou apenas a fartura generosa e despreocupada dos paióis.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado.
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que
amanhece.
Sou o cacarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal agradecida a Vós, Senhor,
que me fizestes necessário e humilde.
Sou o milho.
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