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Aquarius Life: Em votação, 71% dos entrevistados se dizem contra novo zoneamento

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406 pessoas opinaram em pesquisa realizada no grupo ABA (Amigos do Bairro Aquarius) do Facebook

Foto Sinai Faingold

Projeto importante e que define o rumo de áreas por toda a cidade, a nova lei de zoneamento tem dividido opiniões e provocado forte participação popular. Uma das áreas diretamente afetadas pela nova lei, que teve sua proposta enviada recentemente à Câmara Municipal, é o Jardim Aquarius, que carrega o polêmico “Terreno das Vaquinhas”, visto como uma mina de ouro para construtoras, mas que conta também com grande interesse público.
O Plano Diretor, aprovado em 2018, já permitia a verticalização na gleba. A nova proposta da lei de zoneamento define apenas as diretrizes de como será feita a verticalização. A prefeitura planeja fazer lotes mínimos de 2.500 m², até 300 apartamentos e também prédios que podem chegar aos 45 andares na parte baixa e 35 andares na parte alta. Cerca de 50% da área será pública e a expectativa da prefeitura é de que 10 mil novos moradores se mudem para o local.
Em votação feita pela Life no grupo ABA (Amigos do Bairro Aquarius) do Facebook, 70% da população pesquisada se mostrou contra o projeto. 20% dos moradores disseram ser a favor da lei e outros 10% a aprovam de forma parcial. “A quantidade de prédios naquele espaço vai piorar, sim, o bairro. Já é difícil o trânsito, o esgoto, o escoamento de água nas avenidas, as ruas estreitas. Quem mora no Sunset terá sua casa desvalorizada com os prédios colados vendo tudo o que acontece dentro de casa”, disse uma moradora contrária ao projeto. Em contrapartida, existem moradores favoráveis. “Sou totalmente a favor! Sou corretor de imóveis e há um bom tempo espero essa liberação. São José está carente de lançamentos imobiliários, e outra, vai contribuir ainda mais para a valorização do próprio bairro!”, opina Lucas Carvalho.

A pesquisa – O grupo ABA (Amigos do Bairro Aquarius) possui 3.279 membros no Facebook, além de 240 no WhatsApp. A pesquisa foi realizada no Facebook. Os membros do grupo opinaram após o seguinte post:


Enquete no Facebook da ABA

Ao todo 406 pessoas responderam a enquete. 288 entrevistados (71%) se dizem contra o projeto apresentado, 83 (20%) são favoráveis e 35 (9%) se mostram parcialmente a favor

O Grupo ABA tem 3.367 membros (90% moradores do bairro) no Facebook

A pesquisa alcançou o objetivo da amostragem. Com os parâmetros da população do Aquarius em 27 mil pessoas, com um grau de confiança de 95% e margem de erro de 5%, o cálculo da amostra indicou confiabilidade com um mínimo de 379 pessoas.

Defensoria Pública teme insegurança jurídica

Para o defensor público Jairo Salvador a ausência de estudos essenciais no projeto da lei de zoneamento pode ser alvo de questionamentos judiciais por inconstitucionalidade formal ou material, o que pode acarretar insegurança jurídica para quem pretende investir nos locais diretamente impactados pela nova lei, como é o caso do Jardim Aquarius.
“Seja pela incerteza de validade da norma jurídica, seja pela indevida delegação de atividade de planejamento aos empreendedores. Isto, em verdade, fomenta um planejamento de baixo espectro, tendente a resolver problemas pontuais, desconsiderando o quadro completo. Por exemplo, quando há adensamento do bairro, a capacidade viária e a infraestrutura instalada devem ser consideradas observando o quadro completo”, explicou.

Grupo ABA exige estudo de impacto viário e indaga prefeitura

“Nada foi feito. A ponte estaiada não atenderá o fluxo de descida do bairro para a rotatória do Colinas”, afirma o conselheiro, Felipe Andrade

Foto Life

Uma das grandes preocupações do grupo consistem na ausência de estudos sobre o impacto viário na região. Segundo o conselheiro da ABA, Felipe Andrade, os 10 mil novos moradores (segundo a prefeitura) complicarão ainda mais o trânsito. “Um exemplo é a descida da São João para quem sai do Aquarius sentido centro. A ponte estaiada não atenderá o fluxo, os carros continuarão enfrentando o semáforo na rotatória, e para piorar, a prefeitura excluiu o retorno para o condomínio Colinas e o shopping, aumentando ainda mais o fluxo de carros na descida da avenida São João. E daqui a 6 anos teremos mais de 10 mil moradores. Cadê o estudo?”, desabafa Andrade.
Baseado nestes questionamentos da ABA, a Life fez umas perguntas para a prefeitura. Confira!

Life – Por que não foram feitos estudos viários do novo bairro?
Prefeitura – A gleba será objeto de parcelamento por meio de loteamento, sendo necessária a emissão de diretrizes viárias específicas, de acordo com o plano de ocupação a ser apresentado pelo loteador. E após esta análise e aprovação, quando da abertura do pedido do Alvará de Construção para cada lote será feita uma análise viária específica para cada empreendimento.

Life – A ponte estaiada não terá nenhuma alça de acesso livre para sair do Aquarius, e com o fechamento do retorno para o Colinas e a diminuição de uma faixa, aumentou a quantidade de carros em horário de pico. Quando finalizada a ponte, o que pode melhorar?
Prefeitura – O Arco da Inovação irá desafogar o trânsito no principal ponto de congestionamento da cidade, beneficiando motoristas e também passageiros do transporte coletivo. Mais de 60 mil trabalhadores passam pelo trecho em 1.246 viagens de ônibus todos os dias.

Life – Teremos algum semáforo aberto no Extra?
Prefeitura – Sim, o atual semáforo que fica em frente ao ponto de ônibus do supermercado será desativado. Também já foi desligado o semáforo próximo à entrada do Bosque Imperial.

Life – Nos horários de pico não vai adiantar desligar os semáforos mencionados – Bosque Imperial e em frente ao ponto no extra -, já que atualmente eles estão desligados e a situação está insuportável. A pergunta é: no cruzamento da São João com a Jorge Zarur vai ter passagem livre para zona sul? Lembrando que para a zona central não tem como, ou seja, teremos semáforo!
Prefeitura – A obra encontra-se em uma etapa com o maior impacto de interferências e supressão de faixa de rolamento para melhorar o andamento da obra. Ou seja, os picos de lentidão citados são previstos mediante – e apenas durante – a obra. Não há previsão de uma faixa livre de conversão para a zona sul. No entanto, a obra traz a possibilidade de ajuste geométrico e de sinalização horizontal para manter um melhor ordenamento no trânsito. Além disso, será feito o ajuste no tempo semafórico após a conclusão da obra. Vale ressaltar que o semáforo na rotatória do Colinas é com Software de Controle de Tráfego em Tempo Real.

Life – Olhando para o futuro: como será daqui a 8 anos, com mais de 10 mil moradores saindo do novo bairro?
Prefeitura – Reiteramos que a área é objeto do Plano de Macroestrutura Viária que visa dar fluidez e escoamento aos veículos que irão transitar pela gleba. Quanto ao sistema viário em atendimento, a Macroestrutura Viária do Plano Diretor serão exigidas vias contíguas as ZR’s (Alvorada e Sunset) para mitigar conflitos de usos, sendo que as avenidas que percorrerão a gleba, terão que atender a largura mínima de 29 metros e a ruas locais atenderão o mínimo de 18m de largura, largura esta superior às encontradas no Parque Residencial Aquárius. Também está previsto alargamento da Avenida Cassiano Ricardo, da Via Oeste e da Rua Benedito Ortiz Monteiro.

Life – Mas, vocês estão falando da situação dentro do terreno, perguntamos sobre os carros que irão do terreno rumo à Via Oeste (trânsito já intenso), rumo à rotatória do Colinas (trânsito já intenso), rumo à Dutra? A prefeitura mencionou a duplicação da Cassiano. Isto seria somente em frente ao terreno?
Prefeitura – O Decreto 14845/11 regulamentou o processo de análise de PGT (Polo Gerador de Tráfego) e estabelece regras e parâmetros para análise, aprovação e licenciamento destes projetos. De acordo com o porte do projeto e a atividade a ser desenvolvida, são analisados pela prefeitura os impactos nas vias públicas e definida a contrapartida ou ação mitigadora a ser adotada, como por exemplo melhorias viárias na área de influência direta ou indireta do empreendimento.

O zoneamento
Por definição, o zoneamento consiste na delimitação de áreas diferenciadas de adensamento, uso e ocupação do solo, de acordo com suas características e potencialidades, visando sua melhor utilização em função das diretrizes de crescimento da cidade, da mobilidade urbana e das características ambientais e locacionais. Traduzindo para o bom português, nada mais é do que a definição do uso e da ocupação do solo com o objetivo de utilizá-lo da melhor forma possível.

Desperta São José
Nomeado como “Desperta São José – Frente de Defesa do Direito à Cidade”, o movimento agendou mais dois encontros: o primeiro irá ocorrer na praça Ulisses Guimarães, no Jardim Aquarius, às 9h de domingo (25). O outro, e principal, ocorrerá na Câmara Municipal no dia 2 de setembro, data em que está prevista a leitura da lei de zoneamento. Nos encontros com a população o grupo Desperta São José realiza debates sobre a lei de zoneamento levado informação à população.

Nova Lei de Zoneamento regulamenta verticalização no Terreno das Vaquinhas

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6 Respostas

  1. Eu acho que nao podemos por vendas nos nossos olhos e não ver que a cidade precisa crescer.Cheguei em SJC em 1976 eram apenas 250 mil habitantes. Hoje , acho que já estamos em 800 mil. Fico feliz em ver esta cidade se transformando a cada dia. Acho só que não deve ser construídos prédios muito alto como esse do Patio das Americas que tirou totalmente meu sol da minha cass pela manhã , isso não deve ser permitido. Mas vamos deixar a cidade crescer. Não vamos por empecilhos. O terreno das vaquinhas fica ao lado do meu condominio, não vejo a hora que comecem a tal infraestrutura que a Prefeitura divulgou. SJC cidade linda!! Maravilhosa!!

  2. Completa bobagem, esta na moda impedir canudo, travar desenvolvimento. Mas a verdade é que a cidade cresceu, as pessoas ou moram em prédios ou em cond fechado, querem segurança.
    Todos querem trabalhar, esplanada mudou , já é CS . Qual tamanho de Urbanova , a 40 anos tinha Urbanova? Depende para quem vcs foram perguntar… datafolha?

  3. Há um jargão bem cliché que diz: “A voz do povo é a voz de Deus.” Cá pra nós, sabemos que nunca é bem assim. Mas nesse caso, em específico, torçamos muito pra que o adágio popular aqui se faça valer!

  4. A verticalização nada mais fará que enfeiar a cidade. Liberação para condomínio horizontal seria interessante. O impacto no trânsito é menor. Porém a arrecadação de impostos também.

  5. Quem não quer é principalmente morador do condomínio ao lado, o Sunset. Agora, acho que essas pessoas deveriam entender que compraram seus imóveis no condomínio e não no terreno “das vaquinhas”, ou seja, o que é feito ali deve ser da vontade do proprietário do terreno, desde que siga a legislação vigente, obviamente.

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