Ações da Embraer (EMBR3) disparam após China barrar jatos da Boeing em resposta a tarifas dos EUA; analistas veem oportunidade para a fabricante brasileira
As ações da Embraer (EMBR3) registram forte valorização nesta terça-feira (15) impulsionadas por uma notícia geopolítica com impacto direto no setor aeronáutico. Segundo a Bloomberg News o governo da China ordenou que suas companhias aéreas suspendam a aceitação de novos jatos da Boeing, em represália à decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de 145% sobre produtos chineses.
Para ter a notícia mais rápida, junte-se aos nossos grupos de avisos rápidos no Whatsapp.
Com a medida analistas enxergam uma janela de oportunidade para a Embraer, que pode ocupar parte do espaço deixado pela fabricante norte-americana no mercado asiático. Às 14h20 (horário de Brasília) as ações da Embraer avançavam 3,17%, cotadas a R$ 64,72, marcando o segundo pregão consecutivo de alta.
Retaliação chinesa pode beneficiar concorrência
Ainda segundo a Bloomberg Pequim determinou que as empresas aéreas também suspendam a compra de peças e equipamentos de fabricantes dos EUA, o que pode elevar os custos de manutenção de aeronaves norte-americanas já em operação no país asiático.
“Essa postura da China abre uma possível brecha para que outras fabricantes, como a Embraer, avancem na Ásia, um mercado estratégico para a aviação regional”, avalia um analista do setor ouvido pela Bloomberg.
Desempenho das ações EMBR3
Nos últimos dois dias os papéis da Embraer acumulam ganhos significativos, refletindo o otimismo dos investidores com o potencial aumento de participação da empresa em mercados internacionais, especialmente em meio à disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Veja também: Via Dutra e Rio-Santos esperam receber 1,6 milhão de veículos nos feriados de Páscoa e Tiradentes
