Conheça o Aquarius “de ontem”, a primeira de três crônicas assinadas por Felipe Cury. Nas próximas edições o Aquarius “de hoje” e o “de amanhã”
No começo era só pasto. Entre a relva verde e os cupins ressequidos, sulcando veredas tropicais, atalhando o terreno enfeitado com estrume (nome pomposo da bosta de vaca (eufemismo, pra não falar nome feio). O que havia de promissor era uma plantação de arroz, contrariando nossa vocação tecnológica. A área era imensa, plana, vistosa e pertencente a um fazendeiro inteligente, moderno de ideias avançadas, alegre que era carinhosamente chamado de Tão Marcondes, casado com Dona Tita Marcondes, senhora distintíssima da alta sociedade joseense e pais de Vera Marcondes Buffulin grande benfeitora de obras sociais. Tão Marcondes, em aparente bom negócio, dispôs-se a vender a gleba à FORD DO BRASIL.
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A poderosa indústria automobilística tinha intenção de construir ali, num futuro longínquo, uma fábrica de caminhões, projeto que foi enrolando, enrolando, até nunca mais. Havia um arremedo de estrada, mais tarde conhecida como Estrada Velha, ou Estrada Imperial, que iria ligar São José a Jacareí. Era um verdadeiro rascunho rodoviário, que não levaria a nada.
O tempo passava e São José com pressa de se expandir. Começaram a surgir caminhos e atalhos buscando encurtar os caminhos senatoriais. Não adiantava, eram paliativos atravancando o crescimento. A sadia vocação desenvolvimentista tinha um apetite voraz. Seu DNA era totalmente voltado a um conceito inovador. O terreno nobilíssimo não poderia virar uma fábrica de caminhões. São José já projetava a GM para fazer nascer os caminhões mundialmente afamados chamados CHEVROLET.
Nossa cidade almejava um PLANO PILOTO para planejar o futuro. Que fosse além das maquinações e interesses políticos ou imobiliários e privilegiasse sua vocação pela beleza e tendência primeiromundista. Em boa hora, foi nomeado, pelo Governo Militar, SÉRGIO SOBRAL DE OLIVEIRA, Coronel da Aeronáutica, posteriormente reformado como Brigadeiro. Sobral era exigente e não abria mão de planejamento. Sua administração foi considerada como AS e DS (antes de Sobral e depois de Sobral). Às vezes, era considerada excesso de frescura, mas botou ordem na casa. Para sua equipe, trouxe um engenheiro ITEANO, vindo de Guaratinguetá, EDNARDO JOSÉ DE PAULA SANTOS, para seu Secretário do Planejamento.
Aí começou a ser planejado o futuro de nossa terra. Os computadores não eram tão comuns como hoje e Ednardo, engenheiro brilhante, formado pelo ITA, começou a elaborar o desenvolvimento técnico – não político da cidade visando seu futuro. Como deveria ser São José daqui pra frente. Na encruzilhada em busca do futuro, Ednardo José de Paula Santos assume a Prefeitura de São José, substituindo a Sérgio Sobral. Em 1978, o então prefeito Ednardo desapropriou a área que viria a ser o nosso AQUÁRIUS.
A Avenida São João morria na subida do morro, onde uma horrenda cerca de arame farpado retinha o progresso. E o dinamismo jovem fez com que um trator da Prefeitura derrubasse a cerca para surgir portentosa avenida que chegaria até à Rodovia Presidente Dutra. Fim da primeira parte. Na próxima BULA falaremos do Aquárius de HOJE. Depois o epílogo do Aquárius de AMANHÃ.
Sobre Felipe Cury: Explorando São José dos Campos com sabedoria e experiência
Bem-vindo ao mundo de São José dos Campos, por meio dos olhos de um morador apaixonado! Conheça os segredos da nossa cidade com Felipe Cury, um ilustre morador do Jardim Aquarius, que traz consigo mais de 60 anos de vivência e sabedoria na maior cidade da RM Vale. Com formação em Ciências Jurídicas e Administrativas, e um histórico como professor e líder, Felipe Cury está pronto para compartilhar histórias e insights exclusivos que só quem conhece essa cidade como ele, pode oferecer.
Prepare-se para uma jornada única, onde a rica cultura, a história e os segredos de São José dos Campos se desvendam a cada palavra. Acompanhe nossas colunas e descubra o que torna nossa cidade especial. Embarque nessa incrível viagem por São José dos Campos!
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22 Respostas
No dia 31/10 no final da tarde, foi um CAOS para chegar em casa! Os semáforos “inteligentes” não resolveram o problema! O transito do Aquarius simplesmente TRAVOU! Em breve vai piorar, pois chegarão mais 20.000 moradores ao bairro.
Muito bem lembrado Marcelo.
Uma bela história, muito bem escrita. Senti falta de mais fotos. Parabéns e muito obrigado.
Parabéns professor Felipe Cury, tenho uma grande admiração e gratidão pelo professor, o qual fui aluna.
Felipe descreveu com maestria o início do Aquarius no qual amo morar. Vamos aguardar com ansiedade as próximas crônicas, para tomarmos conhecimento como foi o inicio do nosso querido e respeitado Jardim Aquarius.
Essa felicidade deve se estender aos moradores de São jose dos Campos, indiferente de poder econômico , para assim nossa cidade ser realmente nossa!
Pessoal estou promovendo rifas online e gostaria de compartilhar com vocês.
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Cara mala vc hein pqp!
Esses CANALHAS DA OBJETIVIDADE , destruíram o que essa cidade tinha de mais belo que era a sua pujante NATUREZA, fecharam a circulação dos ventos do litoral erguendo prédios imensos satisfazendo a sanha das construtoras, e ousam AINDA escrever loas das SUAS MALDITAS FAÇANHAS.
A aceleração da decadência é o que chamam de “modernidade”, ou “crescimento”. SJC copiando o que a capital tem de PIOR.
Como uma cidade do tamanho de SJC não iria ter prédios? 😅😂🤣
Prédio sim, falta de planejamento e ganância imobiliária não. Num bairro, já apinhado de pédios, solicitamos certa feita á uma das barnabés que “administrava” a cidade para parar de dar alvará a 3×4 para construção de mais prédios e ela teve a cara dura de dizer queainda cabia muito mais. E assim o festival de IPTU continua.
Como joseense nato nascido na Zona Norte a 65 anos gosto de ver e ouvir histórias da minha cidade,parabéns pela iniciativa.
O terreno das vaquinhas tinha a chance de ser um parque grande ou qualquer coisa que limitasse o número de moradores de um jeito realista e não prejudicial a região, mas não, vamos nós pra 20.000 novos moradores e um zilhao de carros pra travar de vez o trânsito, boa sorte a quem mora no Aquarius que terá seu trajeto ainda pior, mais abafado e tá quieto aceitando tudo desse projeto de prédios gigantes na região.
Dona do terreno é uma construtora. Imagina se não ia promover nova farra do itpu com a conivência de nossos “representantes”.
Ouvi muitas histórias que meu pai contava sobre essa região, e também sobre o crescimento de SJC.
Legal a iniciativa. Me trouxe boas lembranças.
Muito legal esta iniciativa,conhecimento e sempre bom.
Parabens.
Parabéns pela iniciativa. Agradável conhecer parte da história de nossa querida cidade.
Gostaria de conhecer mais casos, como por exemplo Kanebo, Vista Verde, Campo dos Alemães, outras.
Neste artigo você pode saber um pouco sobre a história inicial do loteamento do Campo dos Alemães, na cidade de São José dos Campos:
https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2012/anais/arquivos/0491_0162_03.pdf
Lamentável. A ganância supera tudo. Mas pagarão em breve. Hoje o dinheiro fala mais alto, mas amanhã…..
Esse bando de esquerdistas que condenam o crescimento, com um discurso de que a natureza e a política social são prioridade, que dizem que se preocupam com a nossa São José e a nossa Pátria, são os mesmos covardes que fogem e não ajudam no coletivo, no crescimento, na grandeza e na honra de ser Brasileiro. O Aquarius e a nossa cidade não precisam de vocês.
Kkkk sempre tem que ter um doente que fica enfiando esquerda e direita em tudo. Acorda pra vida e para de mamar a caceta do bolsonaro
No início dos anos 80 eu passava de moto com a minha pequena filha, então com 3 e 4 anos, pela fazenda de eucaliptos do Aquarius. Era o nosso caminho diário entre a escola e a casa. Nessa grande aventura havia pássaros nos observando e o silêncio da mata quando parávamos e desligávamos a moto, eram momentos únicos vividos por pai e filha. Talvez aí esteja a inspiração dela, Moara, em ser uma aguerrida competidora de moto em Rallys.