Polícia investiga execução de delator do PCC no aeroporto de Guarulhos. Justiça decreta prisões e força-tarefa busca suspeitos
A execução de um delator do PCC, ocorrida no aeroporto de Guarulhos no último dia 8 de novembro, segue mobilizando uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Vinicius Gritzbach, empresário que firmou acordo de delação premiada com a Justiça, foi morto a tiros em um crime com fortes indícios de envolvimento de integrantes da facção criminosa e de possíveis colaboradores externos.
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A investigação identificou dois suspeitos já com prisão decretada: Matheus Augusto de Castro Mota e Kauê do Amaral Coelho. Segundo as autoridades, Matheus teria pago R$ 5 mil para que Kauê, atuando como “olheiro”, informasse aos atiradores sobre a chegada de Vinicius ao aeroporto. Ambos seguem foragidos, e a polícia oferece uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem à prisão de Kauê.
Ação criminosa e fuga dos executores
As câmeras de segurança do aeroporto capturaram o momento em que dois homens encapuzados executaram Vinicius com fuzis. Após a ação, fugiram em um carro dirigido por outro cúmplice, abandonaram o veículo a 3 quilômetros do local e embarcaram em um ônibus, agora sem as máscaras. As imagens do coletivo estão sendo analisadas pela força-tarefa para tentar identificar os criminosos.
No ataque, um motorista de aplicativo que estava no local também foi morto, e outras três pessoas ficaram feridas. As armas utilizadas e o veículo abandonado foram apreendidos.
Histórico da vítima e possíveis motivações
Vinicius Gritzbach era réu em processos por homicídio e lavagem de dinheiro envolvendo o PCC, mas respondia em liberdade. Em abril deste ano, ele firmou um acordo de delação premiada, denunciando integrantes da facção por crimes financeiros e agentes de segurança pública por corrupção.
Entre as hipóteses investigadas para o crime estão represálias da facção criminosa, envolvimento de policiais denunciados por Vinicius e a possibilidade de disputa financeira com um devedor.
Investigações e operação policial
Nesta sexta-feira (22), oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil, incluindo imóveis ligados aos suspeitos e agentes de segurança que escoltavam Vinicius. A operação resultou na apreensão de celulares, computadores e um revólver em posse de uma terceira pessoa, que foi detida por porte ilegal de arma.
Os policiais militares que faziam a escolta privada de Vinicius, contrariando normas da corporação, foram afastados preventivamente e também estão sob investigação.
As autoridades reforçam o sigilo das investigações e pedem a colaboração da população para localizar os suspeitos. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque-Denúncia no número 181.
Primeira Resposta
Eu achei que deveríam começar a procurar primeiramente em Brasília, com certeza.