Maria Benedicta, de 90 anos, poderá permanecer em sua casa simples até a conclusão de um novo conjunto habitacional, graças à mobilização comunitária e à sensibilidade da Justiça
Em um gesto de compaixão o juiz Pedro Flávio de Britto Costa Júnior determinou a suspensão da ordem de despejo de Maria Benedicta, uma idosa de 90 anos, moradora da zona rural de Paraibuna, a 35 quilômetros de São José dos Campos. A decisão trouxe um alívio imenso não apenas para Maria, mas para toda a comunidade que se mobilizou em torno de seu caso.
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Há mais de três décadas, Maria Benedicta construiu sua casa com as próprias mãos, usando bambu e barro. A residência simples, com dois quartos, uma cozinha e um banheiro, é muito mais do que um abrigo; é um símbolo da resiliência e da determinação de uma mulher que dedicou sua vida ao trabalho rural.
O terreno onde Maria vive foi desapropriado na década de 70 pela Eletrobrás, e adquirido pela Companhia Energética de São Paulo (CESP) em 1991. Desde 2014, a Justiça vinha processando uma ação de reintegração de posse, culminando em uma decisão recente que exigia que Maria deixasse sua casa até o último domingo (28).
A notícia do despejo iminente causou uma onda de comoção em Paraibuna. Vizinhos, amigos e desconhecidos se uniram para apoiar Maria, cuja história de vida é um testemunho de luta e perseverança. A prefeitura de Paraibuna, sensibilizada pela situação, interveio prontamente. Em um comunicado, o prefeito anunciou que Maria será realocada para uma casa em um conjunto habitacional em construção, com previsão de conclusão em outubro.
Para garantir que Maria não fique desabrigada enquanto espera a nova moradia, a prefeitura enviou um ofício à Justiça solicitando a suspensão da ordem de despejo. O juiz, ao acatar o pedido, enfatizou o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana em sua decisão. “Considerando o ofício do Exmo. Sr. Prefeito Municipal… determino, por ora, a imediata suspensão da ordem de reintegração de posse expedida em desfavor de Maria Benedicta”, escreveu o juiz.
Maria, que vive de uma aposentadoria mínima e conta com o apoio de seus 11 filhos e mais de 30 netos, expressou sua gratidão e emoção. “Minha vida toda está aqui, cada pedaço desta casa carrega uma parte da minha história. Saber que posso ficar até ter um novo lar é um alívio enorme”, disse com lágrimas nos olhos.
A história de Maria Benedicta é um poderoso lembrete do impacto das políticas públicas humanizadas e da importância da solidariedade comunitária. A decisão judicial e a intervenção da prefeitura não apenas garantem um teto para Maria, mas também reforçam a essência de justiça social e dignidade humana.
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7 Respostas
Pelo menos uma justiça em tantos milhares de injustiça!
Sebastiao isso não justifica consertar erro com erro não é o ideal, o prefeito deveria pagar um hotel pra ela ou levar pra casa dele até sair o apto, e as pessoas na mesma situação que ela, como ficam? Terão o mesmo direito? Pior se fosse seu terreno será que daria o pedaço de chão pra ela. Pense em 230 milhões e não na pessoa de um só. Este é o resultado claro das eleições, o rapaz sobe lá no morro na vila n9 local sai distribuindo presentinho mente rasgadamente e vira político, vai te roubar só isso. Abs
Só no Brasil este festival de loucura, imagino que todas as pessoas com situações semelhantes deveriam ter o mesmo direito, meus pais foram invasores eu não fui, minha vida foi me dedicar aos estudos só casar após um bom trabalho bem remunerado etc… vejo tudo isso como errado, mas num país lixo como o Brasil atual vira normalidade, temos milhões de D. MARIA e agora as prefeituras vão ajudar também. Como fica a responsabilidade que sempre cobrei dos meus filhos, dos netos não tomo conhecimento, mas acho tudo errado, deveria não existir ninguém nesta absurda situação, mas fiz um estágio recente em 4 anos no lugar onde nasci, e descobri que futebol no campanha, Carnaval sambao festa droga gritam muito maus alto pro povo que nem quer ir a escola, lá no futuro serão os que estarão mal com certeza. Temos bolsa de tudo, agora bolsa pro cara não sair da escola chega temos poucos milhões trabalhando como corpo pra receber salário baixíssimo e milhões recebendo esmolas do governo. Brasil o lixao da América latrina.
Estágio recente de 4 anos. Futebol no campinho. E drogas gritam mais alto. Milhoes trabalhando como escravo. Podem consertar?
Estágio recente de 4 anos. Futebol no campinho. E drogas gritam mais alto. Milhoes trabalhando como escravo. Podem consertar? Na próxima vou ver o corretor ortográfico. Desculpem
Não desapropriam as mansões feita em áreas da marinha. Condomínios de luxo, e ainda por placa praia particular.Com gente que tem, ninguém põe a cara😏
Num país tão injusto como o Brasil, é assim que esses governos pilantras fazem, tirar até o teto de um pobre idosa.