2024 foi o ano mais quente já registrado no Brasil, com média de 25,02°C, segundo o Inmet, marcando um alerta climático
O ano de 2024 foi oficialmente o ano mais quente já registrado no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com uma média de 25,02°C, o país atingiu a maior temperatura anual desde o início da série histórica em 1961. Essa marca supera a de 2023, que até então era o recorde com 24,92°C, demonstrando uma tendência preocupante de aquecimento.
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Conforme o relatório do Ministério da Agricultura e Pecuária, ao qual o Inmet é vinculado, houve uma anomalia de 0,79°C em relação à média histórica, sinalizando os impactos das mudanças climáticas globais e de alterações ambientais locais. A meteorologista Andrea Ramos destaca que essa elevação reflete o aumento progressivo das temperaturas ao longo das últimas décadas, resultado de uma combinação de fatores como o aquecimento dos oceanos e a intensificação do fenômeno El Niño.
Efeitos no Brasil: Calor, Seca e Desastres Naturais
Além das altas temperaturas, o Brasil enfrentou desafios climáticos extremos em 2024. As secas intensas anteciparam a temporada de incêndios no Pantanal, que começaram já em abril e se agravaram nos meses seguintes. Segundo Andrea Ramos, “o déficit hídrico, combinado com biomassa seca, criou um cenário propício para incêndios devastadores”.
Paralelamente, a região Sul sofreu com chuvas torrenciais causadas por bloqueios atmosféricos que impediram a circulação de umidade pelo país. Essas frentes frias estacionadas trouxeram temporais violentos e severos impactos às comunidades locais, especialmente no Rio Grande do Sul.
Um Alerta Climático Global
No cenário mundial, 2024 também deve ser confirmado como o ano mais quente da história da humanidade, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia. A média global excedeu pela primeira vez 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, um limite crítico estabelecido pelo Acordo de Paris para evitar os piores impactos do aquecimento global.
No entanto, especialistas alertam que a superação desse limite em um único ano não significa a quebra definitiva do teto estipulado. Para isso, seria necessário que essa marca fosse mantida por vários anos consecutivos.
Desafios e Soluções
O recorde de calor de 2024 reforça a urgência de ações globais e locais para combater as mudanças climáticas. Investimentos em energia limpa, reflorestamento e redução de emissões de gases de efeito estufa são medidas essenciais para desacelerar o aquecimento global.
Como lembra a meteorologista Andrea Ramos, “vivemos a era dos extremos, com anos cada vez mais quentes, secos e marcados por eventos climáticos extremos”. O ano de 2024 é mais um lembrete de que o futuro do planeta depende das escolhas feitas hoje.
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Primeira Resposta
E adivinhe só, este ano, 2025, será ainda mais quente. E 2026, 2027, …