Ação marcou o encerramento de um longo processo de reabilitação conduzido pela equipe do Instituto Agronauta, que devolveu os pinguins ao ambiente natural em condições ideais para retomar a migração

Uma grande soltura de pinguins em Ubatuba foi realizada com sucesso na última quarta-feira (5) pelo Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha. Ao todo, 17 pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) retornaram ao mar após um longo processo de reabilitação conduzido pela equipe técnica do projeto PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos). A ação aconteceu a cerca de 120 quilômetros da costa, em uma área estratégica de alto-mar.
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Os animais chegaram ao Litoral Norte paulista durante o inverno, trazidos por correntes frias vindas do sul do continente. Muitos estavam desnutridos e debilitados. No Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD), receberam cuidados veterinários intensivos, alimentação balanceada e acompanhamento diário até recuperarem o peso e a impermeabilidade das penas — condições essenciais para sobreviver no mar aberto.
Planejamento técnico e apoio científico
A região da soltura foi escolhida com base em dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que indicou a posição da Corrente do Brasil. Essa estratégia aumentou as chances de os pinguins reencontrarem rotas migratórias seguras rumo às colônias de reprodução na Patagônia.
O diretor do Aquário de Ubatuba e presidente do Instituto Argonauta, Hugo Gallo Neto, destacou o resultado como exemplo de integração entre ciência, tecnologia e conservação. “Cada animal reabilitado e devolvido ao mar representa o sucesso de uma rede de monitoramento, pesquisa e dedicação de muitas pessoas”, afirmou.
Conservação e parceria institucional
A soltura de pinguins em Ubatuba contou com o apoio operacional da Mineral Engenharia e Meio Ambiente e com a parceria do Aquário de Ubatuba. Fundado em 1998, o Instituto Argonauta atua na conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos, desenvolvendo projetos de pesquisa, resgate e educação ambiental.
O Instituto também é responsável por um trecho que abrange São Sebastião e Ubatuba, dentro do programa federal conduzido pelo Ibama e pela Petrobras. O projeto monitora as praias e avalia o impacto das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre aves, tartarugas e mamíferos marinhos.
Em caso de avistamento de animais marinhos vivos ou mortos, o PMP-BS pode ser acionado pelo telefone 0800 642 3341.
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